Vereador Joselyo propõe fim das passarelas mistas em Macapá para evitar desperdício de recursos
Entrou em pauta na sessão desta terça-feira, 29, na Câmara Municipal de Macapá, o Projeto de Lei nº 065/2025, de autoria do vereador Josiely “É Mais Saúde” (PP), que proíbe a construção de passarelas e pontes mistas — com estrutura de madeira e concreto — no município.
O texto estabelece que, em Macapá, novas passarelas deverão ser construídas com materiais homogêneos e duráveis, priorizando:
• Concreto armado, para estruturas permanentes;
• Aço galvanizado ou estrutural, em áreas com alta umidade ou risco de alagamento;
• Madeira tratada de alta resistência, apenas em casos excepcionais, com justificativa técnica e vida útil mínima de 12 anos.
Segundo o parlamentar, a proposta surge da necessidade de melhorar a durabilidade e segurança das estruturas públicas, levando em conta as condições climáticas da capital, marcada por umidade elevada e fortes chuvas.
"É gastar recurso público de maneira indevida. Constrói-se a base de madeira e, em cima dessa madeira, constrói-se o concreto. E várias das pontes que foram feitas dessa maneira, mista, já estão com a base comprometida, e o concreto poderia ter sido muito bem utilizado. A ideia do projeto é que, onde for possível construir de concreto, que se construa de concreto tanto a base quanto a parte de cima, a passarela em si." Destacou o vereador.
O vereador citou ainda como exemplos positivos de obras duráveis a Passarela do Araxá, feita em concreto armado, e a Ciclovia do Curiaú, construída com aço inoxidável.
O projeto aponta problemas recorrentes nas estruturas mistas:
• Degradação acelerada, com fissuras, apodrecimento e corrosão;
• Risco de colapso, como ocorreu em 2021 no Igarapé da Fortaleza;
• Manutenção 40% mais cara do que em estruturas homogêneas, segundo dados do IPEA.
A proposta agora segue para análise das comissões permanentes da casa.