Vereador Joselyo critica consulta para criação de reserva marinha no Bailique e pede mobilização política
Durante a sessão desta quinta-feira, 24, na Câmara Municipal de Macapá, o vereador Joselyo e Mais Saúde (PP) utilizou a tribuna para se manifestar contra a forma como está sendo conduzida a consulta pública sobre a criação da Reserva Extrativista Marinha do Bailique. O parlamentar também fez um alerta à classe política do estado sobre os impactos da criação de reservas semelhantes em outras regiões do Amapá.
Joselyo criticou a ausência de diálogo com as lideranças locais e questionou a escolha do Bailique como sede da audiência pública, sem a participação dos representantes eleitos da capital.
“A discussão que travamos aqui é séria. ICMBio está tentando, de forma vergonhosa, realizar essa audiência pública para discutir um tema de alta relevância para Macapá e para todo o Amapá, sem sequer convidar esta Casa Legislativa. A criação dessas reservas, como no Bailique, Oiapoque e outros municípios, pode inviabilizar a pesca industrial — que é uma das principais atividades econômicas dessas regiões. Como fica a população que vive disso?”, questionou o vereador.
Ele também destacou o contraste entre as riquezas naturais do estado e os desafios enfrentados pela população.
“Vivemos num estado rico em recursos naturais, com uma extensa costa marinha, mas com uma população que vive em calamidade e sofrimento por falta de investimento. Não podemos permitir que, mais uma vez, recursos produzidos aqui beneficiem apenas quem está fora do Amapá. Precisamos reagir”, afirmou.
Joselyo parabenizou o presidente da Câmara, vereador DaLua, pela iniciativa de propor a transferência da audiência pública do Bailique para o plenário da Casa, de modo a garantir maior transparência e participação da sociedade.
“Não somos contra a preservação ambiental. Somos contra decisões impostas sem diálogo, que prejudicam o desenvolvimento do nosso estado. Precisamos mobilizar nossas lideranças, especialmente o governador Clécio Luís, para impedir que isso aconteça sem o devido debate”, concluiu.