João Capiberibe debate na Tribuna da CMM sobre bioeconomia como inclusão social no Amapá

por Secretaria de Comunicação CMM publicado 08/08/2023 18h21, última modificação 08/08/2023 18h21
João Capiberibe debate na Tribuna da CMM sobre bioeconomia como inclusão social no Amapá

João Capiberibe debate na Tribuna da CMM sobre bioeconomia como inclusão social no Amapá

A Tribuna da Câmara Municipal de Macapá recebeu durante a 38ª Sessão Ordinária desta terça-feira, 8 de agosto, o ex-senador, ex-governador e ex-prefeito da capital, João Alberto Rodrigues Capiberibe. Ele falou sobre a importância da cadeia produtiva do açaí, como forma de valorizar a bioeconomia e o desenvolvimento sustentável em Macapá.

Segundo o empresário do empreendimento Flor da Samaúma e produtor do fermentado alcoólico de açaí, a economia do país circula na Amazônia, mas é o mercado global que mais lucra com a exploração do produto.

“A gente não pode aceitar essa distribuição injusta das riquezas produzidas pelo açaí. Nós vendemos 1kg de polpa a 15 reais, esse quilo vira 300, 400, 500 mil reais fora do Brasil”, afirmou Capiberibe.

Do açaí são produzidos suplementos, guaranás orgânicos, bebidas energéticas e cafés que são vendidos a preços exorbitantes, sem gerar crescimento nas comunidades, com emprego e renda, que são fundamentais para o desenvolvimento da região.

A vereadora Janete Capiberibe (PSB-AP), que convidou o orador para a Tribuna, também participou do debate, ao enfatizar a importância de valorizar o comércio local e dar dignidade aos trabalhadores do açaí.

“Em maio de 2021, nós iniciamos um movimento para fazer com que a prefeitura colocasse as tendas na rampa do Santa Inês, dando condições para a transação desse produto. Aproveitamos e aprovamos o dia 17 de maio como o Dia Municipal do Batedor de Açaí, no sentido de chamar a atenção e valorizar esse trabalhador da cadeia do açaí”, relembrou a vereadora.

Os parlamentares concluíram, em conjunto com o orador João Capiberibe, que é preciso uma política pública mais consistente que possa regularizar e valorizar todo o processo de produção das riquezas naturais do Amapá, não apenas do açaí, mas também do pracaxi.

Ascom/Janete Capiberibe
Fotos: Jaciguara Cruz/Rosivaldo Nascimento