Presidente Marcelo Dias critica decisão do IBAMA e aprova Voto de Repúdio a ministra Marina Silva

O presidente da Câmara Municipal de Macapá, vereador Marcelo Dias (Solidariedade), usou a Tribuna nesta quinta-feira, 18 de maio, para criticar a decisão do IBAMA sobre pedido de licença ambiental para a Petrobras perfurar poço de petróleo na bacia da foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá. A manifestação do parlamentar foi durante a 27ª Reunião Ordinária da Casa de Leis, que também aprovou Voto de Repúdio a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede Sustentabilidade).

Marcelo Dias disse que hoje é um dia triste para o Amapá, pois quem perde com essa decisão é o povo amapaense. “O Amapá perde uma grande possibilidade de desenvolvimento econômico e social e seu povo uma melhor condição de vida. O Brasil não quer saber se o amapaense tem comida no prato, se tem escola e direito a saúde. Só quer saber de conservação ambiental”, reclamou.

O parlamentar esclareceu que não é contra a preservação do meio ambiente, mas é necessário levar em conta, além do critério técnico, o lado social da população que vive na região. “O IBAMA precisa ouvir o povo do Amapá, fazer uma audiência pública, antes de tomar qualquer decisão. Por que só no Amapá que não pode? Por que o povo do Amapá tem que viver na miséria?”, questionou Marcelo Dias.

O vereador ressaltou que está indignado com a decisão, pois a exploração do petróleo vai ajudar muito os municípios próximos e todo o Amapá. “Como presidente desta Casa de Leis, fica aqui a minha revolta. Espero que os nossos deputados federais e senadores possam lutar e reverter essa decisão do IBAMA e, brevemente, termos essa exploração do petróleo e a possibilidade do povo do Amapá ter uma qualidade de vida melhor. Aqui, na Câmara de Vereadores, vamos fazer a nossa parte”, garantiu.

Marcelo Dias recebeu aperte de diversos vereadores que também criticaram a decisão do IBAMA e prometeram lutar para reverter à situação. O presidente anunciou ainda a realização de uma audiência pública na sexta-feira, 26 de maio, na Câmara de Vereadores de Macapá, para debater o tema.

A Petrobras pediu ao IBAMA para explorar campo com potencial de 14 bilhões de barris de petróleo a cerca de 180 quilômetros da costa Amapaense. Parecer do instituto diz que, entre outros pontos, a Petrobras não apresentou garantias para a fauna local em caso de acidente com derramamento de óleo.

Texto: Secom/CMM
Fotos: Jaciguara Cruz/Rosivaldo Nascimento