Audiência pública na CMM fortalece debate sobre a exploração do petróleo na costa do Amapá

por Secretaria de Comunicação CMM publicado 26/05/2023 16h15, última modificação 26/05/2023 16h15

A exploração de petróleo na costa do Amapá está no centro das discussões no país, inclusive é motivo de crise entre as áreas ambiental e energética do governo central do Brasil. No Amapá, o assunto também não é outro.

A Audiência Pública “Exploração do Petróleo na Costa do Amapá - Petróleo Sim, Miséria Não -”, realizada na Câmara Municipal de Macapá, na manhã desta sexta-feira, 26 de maio, foi bastante concorrida. As galerias ficaram completamente lotadas.

Conduzida pelo presidente da Casa de Leis, vereador Marcelo Dias (Solidariedade), o evento reuniu vereadores, o prefeito Antônio Furlan, o vice-governador Teles Júnior, o senador Lucas Barreto e o economista Charles Chelala, representando o senador Randolfe Rodrigues, além de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de outros municípios amapaenses.
Ambientalistas e ativistas sociais, inclusive do Greenpeace, também participaram da audiência.

Proposta – A audiência teve o objetivo de demonstrar a união da classe política amapaense em torno do tema, fortalecer o debate, dar visibilidade a indignação dos vereadores e demais participantes em relação à decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) que negou a licença ambiental para a exploração de petróleo na costa do Amapá. O evento também deu voz aos participantes divergentes que se posicionam contrário a exploração do petróleo na bacia Amazônica, temendo desastres ambientais.


Avanço - Marcelo Dias ressaltou que, contrariando a negativa do IBAMA, a exploração petrolífera representa um avanço no desenvolvimento econômico e social do Amapá. Ele destacou, inclusive, que desde 2015, a Guiana Francesa explora petróleo na mesma bacia petrolífera que o Amapá pretende explorar. “Hoje a economia da Guiana Francesa cresceu muito do ponto de visto econômico. A economia daquela região disparou em mais de 40%. O Amapá não pode retroceder e continuar na miséria econômica”, destacou o parlamentar.

Atraso - Os vereadores presentes no debate foram unânimes em declarar que a decisão do IBAMA é mesmo que condenar o Amapá ao atraso e a miséria. Estiveram presentes os vereadores: Paulo Nery (Cidadania), Alexandre Azevedo (PP), karllyson Rebolça (PRTB), Zeca Abdon (PP), Claudiomar Rosa, (Avante), Pedro Dalua (PSC), Edinoelson Careca (PRÓS), João Mendonça (PL), Caetano Bentes (Republicanos) e Nelson Souza (PSD), além de vereadores dos municípios de Oiapoque, Calçoene, Ferreira Gomes e Laranjal do Jari.

Luta permanente - O presidente Marcelo Dias reforçou que a Câmara de Vereadores de Macapá continua à disposição para sediar novos debates acerca do tema. Ele garantiu que não se trata de ser contra a preservação do meio ambiente, mas é necessário levar em conta, além do critério técnico, o lado social da população que vive na região.

Esta semana, a Petrobras reapresentou ao IBAMA o pedido para exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas. A Petrobras estima que área de exploração na região deva render 14 bilhões de barris de petróleo.

Texto: Secom/CMM
Fotos: Jaciguara Cruz/Rosivaldo Nascimento